Representatividade feminina no setor de energia elétrica é tema do Café com RH
Com o foco em integrar novas colaboradoras à equipe operacional e debater o espaço da mulher no setor de energia elétrica, a filial de Belém promoveu uma edição especial do Café com RH no dia 27 de julho, no auditório da Base Montenegro.
O Café é uma iniciativa da área de Recursos Humanos que tem como objetivo reunir os colaboradores para um momento descontraído e escuta ativa, além de promover a cultura positiva, proativa e um bom clima organizacional em um ambiente mais dinâmico e descontraído.
Para Andreia Mello, Analista de Recursos Humanos da filial, o café foi motivador para o setor também. “A importância do Café com RH é uma oportunidade que temos de estreitar os laços com os nossos colaboradores e melhorar o alinhamento entre as políticas dos Recursos Humanos e as estratégias da empresa”, ressalta sobre o encontro com os participantes e a importância de promover a equidade entre gêneros, etnias, classes sociais e necessidades especiais no dia a dia.
Segundo dados do Balanço Energético Anual (2019) do Ministério de Minas e Energia no setor eletroenergético brasileiro, a taxa de ocupação feminina neste setor vem crescendo nos últimos anos, mas continua baixa. Na área operacional da Dínamo, as mulheres já representam 2% do quadro de eletricistas e segue atuando fortemente com políticas de diversidade e inclusão com medidas para aumentar a representação das mulheres em cargos de gestão administrativa e operacional em consonância com o objetivo 5 (igualdade de gênero) da ODS.
A Antonia Marcilene é uma das mulheres que representam essa mudança. Ela trabalha no setor de energia elétrica há mais de 7 anos e é Eletricista da Linha Viva na filial. O que a incentivou a trabalhar num ambiente tido como masculino, como ela aponta, foi perceber que também era um espaço de atuação para mulheres. “O que mais chamou a minha atenção foi, num dia, ver uma mulher atuando em campo. No meu pensamento, apenas os homens exerciam a profissão de eletricista, então aquilo foi um uma inspiração para mim”, afirma.
Para ela, o maior desafio do seu trabalho é enfrentar o preconceito. Quando ela cursou a formação em Eletricista de Linha Viva, encontrou resistência de colegas, mas não se deixou desanimar com isso, pois vê na profissão uma forma de representar as mulheres e abrir caminho para que outras possam vir. “É um pouco difícil ser aceita, mas é preciso nos respeitar. Quando estamos à frente de algo novo, podemos encontrar de tudo, algo que possa nos desmotivar, mas sou firme e acredito no reconhecimento da eletricista mulher”. Ela aconselha às eletricistas que não desistam. “Só pelo fato de estarmos nesse setor já é uma diferença. Se eu tivesse desistido, não teria chegado até aqui. Seja você, use seus equipamentos, faça o seu trabalho”, afirma ao compartilhar o apoio que recebeu e o sentimento de gratidão e privilégio por fazer parte da equipe de Linha Viva.